PRESIDENTE ASSEGURA QUE POBREZA ESTÁ A AUMENTAR
O Pólo começou a funcionar há cerca de 2 anos, altura em que muitos populares se dirigiam ao gabinete de Segurança Social existente na sede da Junta a solicitar ajuda. Nessa altura, houve uma consciência quanto à carência efectiva da população e o edil apresentou uma candidatura para suportar os seus fregueses com alimentos oriundos do Pólo do Banco Alimentar de Palmela.
A centena de carenciados depressa triplicou e à necessidade de bens alimentícios foi acrescida a fatalidade dos medicamentos. “Temos muitos casos de pessoas com cerca de 50 anos que têm doenças graves e que precisam do apoio da Segurança Social”, explicou o presidente da Junta, que aguarda resposta à candidatura em que solicita um subsídio para comprar os medicamentos e entregá-los directamente às famílias.
“As carências são muitas” e para além dos escassos estrangeiros, entre eles brasileiros, a maior fatia de necessitados na Vila é de nacionalidade portuguesa.
Augusto Duarte recorda que “há 4 anos havia muito trabalho, muita construção civil que servia pais e filhos” que levavam rendimentos para casa. Hoje, “a precaridade a nível nacional aumentou muito” e na Quinta do Conde não foi excepção, “há muita falta de trabalho, até para os jovens”.
A grande esperança está, no entender do presidente, na Zona Industrial a constituir, “tem de haver alternativa no Concelho, temos de apostar forte para que estas oficinas e o comércio saiam da Vila e se criem postos de trabalho”.
Os interessados em beneficiar do apoio do Pólo Alimentar podem inscrever-se na Junta. Para tal, deverão ser recenseados na Quinta do Conde e apresentar o bilhete de identidade e cartão de Segurança Social.
As candidaturas serão então remetidas para Setúbal, seguindo-se uma inspecção e relatório que contabiliza o número de pessoas existente no agregado familiar para que os bens sejam distribuídos. Algumas famílias têm
Aprovado há alguns meses, o serviço precisa e merece ser divulgado. “Apoiamos idosos ou doentes que necessitem de trocar uma fechadura, uma lâmpada, uma torneira”, qualquer tarefa que apesar de simples se pode revelar complicada aos mais debilitados, “assumimos e vamos fazer o trabalho”, ficando os encargos à responsabilidade da Junta, afinal, “temos pessoal credenciado para isso”.
Nova Morada, edição 345, 18 Abril 2008