MANIFESTAÇÃO JUNTA DUZENTOS NA QUINTA DO CONDE
Cerca de duas centenas de pessoas manifestaram-se no passado sábado, dia 10 de Abril, para exigir o recomeço das obras do futuro Centro de Saúde da Quinta do Conde.
A concentração deu-se no Mercado Municipal, junto às obras paradas do futuro Centro de Saúde e foi organizada pela Comissão Representativa dos Utentes dos Serviços Públicos de Saúde da Quinta do Conde.
Contando com a presença da deputada Mariana Aiveca, do Bloco de Esquerda; da deputada Paula Santos, do Partido Comunista Português; de Vítor Antunes, presidente da Junta de Freguesia; dos vereadores Sérgio Marcelino e Cármen Cruz e do Presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Augusto Pólvora, a iniciativa serviu para reafirmar a luta da população local por uma saúde condigna.
Reforçando o facto de que este é um dos equipamentos “que mais falta a uma população que já atinge os 30 mil habitantes dos quais apenas 8400 tem médico de família”, a luta ganhou nova dinâmica, novos rostos e o apoio dos diferentes partidos políticos.
Centro de Saúde já chegou à Assembleia da República
Recorde-se que ao longo de quase trinta anos, os cuidados de saúde primários na Quinta do Conde são assegurados em instalações pré-fabricadas, provisórias e degradadas. A construção de uma nova Extensão do Centro de Saúde de Sesimbra na Quinta do Conde foi, pela primeira vez prevista em sede orçamental no ano de 2000, dado o projecto de execução elaborado pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e o início dos trabalhos garantido para 2003.
A obra iniciou, mas a empresa Construções Pastilha e Pastilha, a quem tinha sido adjudicado o projecto, declarou falência há cerca de seis meses, o que viria a comprometer a sua conclusão.
Depois de inúmeras manifestações, no dia 8 de Abril o Centro de Saúde foi discutido na Assembleia da República pelos grupos parlamentares do Bloco de Esquerda, Partido Ecologista “Os Verdes”, Partido Comunista Português, Partido Social Democrata e Partido Popular, sendo que todas as forças políticas se manifestaram solidárias com a luta dos quintacondenses pelo recomeço das obras e se dispuseram a questionar o Governo sobre as principais matérias que esta Comissão tem vindo a reivindicar.
Entre as medidas, destaque para um conjunto de questões que a deputada Mariana Aiveca, do Bloco de Esquerda, colocou ao Governo, através do Ministério da Saúde:
“Que medidas urgentes e imediatas pretende o Governo desenvolver para o recomeço das obras de construção da Extensão do Centro de Saúde de Sesimbra na Quinta do Conde? Quais os motivos subjacentes ao adiamento da resolução do diferendo resultante da falência do empreiteiro? Qual a calendarização prevista pelo Governo para a conclusão do processo em apreço e para o arranque efectivo da obra? Para quando prevê o Governo lançar o indispensável concurso público para a contratação de médicos e enfermeiros, de modo a responder às necessidades actuais e a garantir a abertura daquele equipamento de saúde dentro da maior brevidade possível?”.
Desde Outubro de 2009 que a Administração Regional de Saúde (ARS) vai mudando a data que anuncia para a retoma dos trabalhos, motivo pelo qual a Comissão de Utentes alerta: “que se desenganem aqueles que pensam que nos vão vencer pelo cansaço. Esta luta dos quintacondenses não vai parar enquanto este Centro de Saúde não estiver a funcionar”.
Para além do recomeço imediato da construção do Centro de Saúde, a Comissão exige também o preenchimento das vagas existentes no quadro de pessoal e o reforço da lista de médicos, a retoma das consultas de apoio na Extensão de Saúde da Vila, o reconhecimento da Comissão, a inclusão das valências protocoladas com as Câmaras de Almada, Seixal e Sesimbra em 2009 e ainda que o Hospital Seixal–Sesimbra seja dotado com o número de camas que responda às necessidades das populações em capacidade de internamento e de atendimento em serviço de urgência.
Pedro Coelho Santos, da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), disse ao Setúbal na Rede (SR) que “lamenta que a comissão de utentes não se procure informar e tenha politizado algo que não corresponde à realidade”.
Citado pelo SR, o representante do órgão tutelado pelo Ministério da Saúde reforçou que esta “é uma obra prioritária para a ARSLVT, sendo que não é frequente verificar-se a falência da empresa responsável por uma obra que é financiada com dinheiros públicos”.
Nova Concentração dia 15 de Maio
Conforme a Comissão de Utentes avançou ao Nova Morada, “aguardamos há meses a marcação de uma reunião junto do coordenador da Extensão de Saúde na Quinta do Conde de forma a procurar informações sobre o recomeço da obra”. Não tendo obtido resposta até a data, alguns membros da comissão apresentaram-se, no dia 15 de Abril, no Centro de Saúde da Amora para tentar falar com o responsável da gestão da extensão de Saúde, um diálogo que teremos de adiar já que aconteceu à hora de fecho desta edição.
Para além deste encontro, está já marcada uma nova concentração para o dia 15 de Maio, às 10:30 horas, sendo que a participação de todos é importante, afinal são mais de 21 mil os afectados pela falta de saúde na Vila…
Contando com a presença da deputada Mariana Aiveca, do Bloco de Esquerda; da deputada Paula Santos, do Partido Comunista Português; de Vítor Antunes, presidente da Junta de Freguesia; dos vereadores Sérgio Marcelino e Cármen Cruz e do Presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Augusto Pólvora, a iniciativa serviu para reafirmar a luta da população local por uma saúde condigna.
Reforçando o facto de que este é um dos equipamentos “que mais falta a uma população que já atinge os 30 mil habitantes dos quais apenas 8400 tem médico de família”, a luta ganhou nova dinâmica, novos rostos e o apoio dos diferentes partidos políticos.
Centro de Saúde já chegou à Assembleia da República
Recorde-se que ao longo de quase trinta anos, os cuidados de saúde primários na Quinta do Conde são assegurados em instalações pré-fabricadas, provisórias e degradadas. A construção de uma nova Extensão do Centro de Saúde de Sesimbra na Quinta do Conde foi, pela primeira vez prevista em sede orçamental no ano de 2000, dado o projecto de execução elaborado pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e o início dos trabalhos garantido para 2003.
A obra iniciou, mas a empresa Construções Pastilha e Pastilha, a quem tinha sido adjudicado o projecto, declarou falência há cerca de seis meses, o que viria a comprometer a sua conclusão.
Depois de inúmeras manifestações, no dia 8 de Abril o Centro de Saúde foi discutido na Assembleia da República pelos grupos parlamentares do Bloco de Esquerda, Partido Ecologista “Os Verdes”, Partido Comunista Português, Partido Social Democrata e Partido Popular, sendo que todas as forças políticas se manifestaram solidárias com a luta dos quintacondenses pelo recomeço das obras e se dispuseram a questionar o Governo sobre as principais matérias que esta Comissão tem vindo a reivindicar.
Entre as medidas, destaque para um conjunto de questões que a deputada Mariana Aiveca, do Bloco de Esquerda, colocou ao Governo, através do Ministério da Saúde:
“Que medidas urgentes e imediatas pretende o Governo desenvolver para o recomeço das obras de construção da Extensão do Centro de Saúde de Sesimbra na Quinta do Conde? Quais os motivos subjacentes ao adiamento da resolução do diferendo resultante da falência do empreiteiro? Qual a calendarização prevista pelo Governo para a conclusão do processo em apreço e para o arranque efectivo da obra? Para quando prevê o Governo lançar o indispensável concurso público para a contratação de médicos e enfermeiros, de modo a responder às necessidades actuais e a garantir a abertura daquele equipamento de saúde dentro da maior brevidade possível?”.
Desde Outubro de 2009 que a Administração Regional de Saúde (ARS) vai mudando a data que anuncia para a retoma dos trabalhos, motivo pelo qual a Comissão de Utentes alerta: “que se desenganem aqueles que pensam que nos vão vencer pelo cansaço. Esta luta dos quintacondenses não vai parar enquanto este Centro de Saúde não estiver a funcionar”.
Para além do recomeço imediato da construção do Centro de Saúde, a Comissão exige também o preenchimento das vagas existentes no quadro de pessoal e o reforço da lista de médicos, a retoma das consultas de apoio na Extensão de Saúde da Vila, o reconhecimento da Comissão, a inclusão das valências protocoladas com as Câmaras de Almada, Seixal e Sesimbra em 2009 e ainda que o Hospital Seixal–Sesimbra seja dotado com o número de camas que responda às necessidades das populações em capacidade de internamento e de atendimento em serviço de urgência.
Pedro Coelho Santos, da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), disse ao Setúbal na Rede (SR) que “lamenta que a comissão de utentes não se procure informar e tenha politizado algo que não corresponde à realidade”.
Citado pelo SR, o representante do órgão tutelado pelo Ministério da Saúde reforçou que esta “é uma obra prioritária para a ARSLVT, sendo que não é frequente verificar-se a falência da empresa responsável por uma obra que é financiada com dinheiros públicos”.
Nova Concentração dia 15 de Maio
Conforme a Comissão de Utentes avançou ao Nova Morada, “aguardamos há meses a marcação de uma reunião junto do coordenador da Extensão de Saúde na Quinta do Conde de forma a procurar informações sobre o recomeço da obra”. Não tendo obtido resposta até a data, alguns membros da comissão apresentaram-se, no dia 15 de Abril, no Centro de Saúde da Amora para tentar falar com o responsável da gestão da extensão de Saúde, um diálogo que teremos de adiar já que aconteceu à hora de fecho desta edição.
Para além deste encontro, está já marcada uma nova concentração para o dia 15 de Maio, às 10:30 horas, sendo que a participação de todos é importante, afinal são mais de 21 mil os afectados pela falta de saúde na Vila…
Jornal Nova Morada, edição 386, Abril de 2010